As edificações têm como finalidade abrigar as diversas atividades desenvolvidas pelo homem. Abrigar tanto no que corresponde às necessidades físico-ambientais, como no que se refere aos aspectos imaginários e simbólicos. As necessidades físico-ambientais, e até mesmo as preocupações estéticas, costumam ser adequadamente consideradas durante o processo de elaboração de projetos arquitetônicos. Entretanto, os aspectos mentais e simbólicos envolvidos nos projetos arquitetônicos ainda não parecem devidamente contemplados. Entre esses, encontram-se os conflitos que ocorrem no plano do desejo, encontrados na relação entre usuários e arquitetos, que também são afetados por efêmeros modismos arquitetônicos. Esse texto se propõe a especular sobre a maneira como se relacionam os envolvidos no processo de elaboração de projetos arquitetônicos de residências unifamiliares, no que se refere à colocação de seus desejos nesses projetos. Pretende, com um olhar de arquiteto, levantar algumas questões s
Espero fugir à ilusão de um pensar puro, análogo à ilusão, denunciado por Kant (1781-1787), da pomba que imagina que voaria mais rápido se não encontrasse a resistência do ar que justamente a sustenta. O pensar é o que nos oferece resistência e nos sustenta, o que nos protege do vazio e que nos sobrecarrega, o que nos faz respirar: sopro, voz e texto. (Didier Anzieu, 2002) Resumo Entendo a criatividade como uma função do pensar, porquanto essencial para a percepção adequada do mundo externo e para a capacidade de continência dos conteúdos mentais na dinâmica psíquica do sujeito. A fim de conferir um embasamento maior a essa reflexão, buscarei apoio na teoria psicanalítica.
Muito antes do aparecimento da psicanálise, a inveja era tida como um dos maiores problemas da humanidade. São inúmeras as observações, os comentários, os ditos populares e outras referências históricas ou literárias sobre a inveja, revelando as implicações que este fenômeno produziu desde quando a humanidade começou a registrar sua história. A ideia freudiana de inveja do pênis despertou raiva em muitas mulheres, especialmente nas feministas. Em suas descrições, Freud deixou clara sua importância e examinou suas consequências para o prognóstico de um tratamento psicanalítico (1937).
Resumo: O corpo é o reflexo da alma, é um veículo de expressão para satisfação dos desejos e escoamento dos afetos, sendo sábio na sua comunicação com o mundo e com o outro. No entanto, na contemporaneidade, o corpo, especialmente, o feminino passa a ser delineado como um fetiche de consumo com todo um aparato de produtos fitness e dietéticos para ser chegar ao corpo ideal de beleza ditado pela sociedade e mídias sociais. Evidentemente, falar sobre o investimento no corpo, como consumo, é um fato real na atualidade, mas poucos usufruem dessa tríade: magreza, juventude e saúde, porque é necessário ter capital para investir. O corpo é de classe. Assim é gerado um mal-estar contemporâneo, porque o corpo representa um discurso para propagar um ideal de beleza dentro de uma lógica capitalista. Palavras-chave: Corpo. Feminino. Contemporaneidade