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Por onde anda Dona Inveja: as vicissitudes de um conceito *


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O significado da inveja
A descrição feita por Ovídio merece ser relembrada, pois é nela que de modo geral serviu de modelo para todos os que falaram deste sentimento. Para ele:
A inveja habita no fundo de um vale profundo, onde jamais se vê o sol. Onde o vento não soprava; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas […]. A palidez cobre seu rosto, seu corpo é descarnado, o olhar não se fixa em parte alguma. Tem os dentes manchados de tártaro, o seio esverdeado pela bile, a língua úmida de veneno. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor […]. Assiste com despeito aos sucessos dos homens, se eles a ganham ela perde e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício. (OVÍDIO. In: Metamorfoses, citado por MEZAN [1987] 2006, p.125).
Zimerman (2001, p.224-225) oferece uma significação etimológica da palavra inveja, indicando claramente o quanto este sentimento faz referência a um olhar mau que entra dentro do outro. Outra possível significação decorre de que o prefixo in constitui-se numa negativa, uma exclusão, desse modo a inveja encontra-se a serviço do sujeito que, “[…] recusa-se a ver, a reconhecer as diferenças entre ele e o outro, que possui as qualidades de que ele necessita e que inveja”
Freud e a inveja
Freud emprega pela primeira vez a expressão inveja do pênis, em seu artigo “Sobre as teorias sexuais da criança” ([1908], 1976, p. 221), onde aponta o interesse que a menina tem pelo pênis do menino, interesse que, em suas palavras, “[…] é orientado pela inveja, e quando ela exprime esse desejo, preferia ser um menino, já sabemos qual a deficiência que desejaria sanar”.
Para Freud, a conscientização da ausência do pênis, acarreta na menina o sentimento de que ela tem menos valor que o menino. Essa desvalorização, ela vai estendê-la às mulheres em geral e, em particular, à mãe.
Por fim, em “Análise terminável e interminável” ([1937] 1976, p. 250), Freud indica que “dois temas adquirem maior importância e dão um trabalho maior do que os comuns ao analista”, ambos ligados à distinção entre os sexos. Um característico dos
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homens, uma luta contra atitudes femininas ou passivas frente a outro homem e outro nas mulheres, a inveja do pênis, sendo ambos relacionados com o complexo de castração.
Atualmente essa postulação de Freud pode ser considerada de forma mais ampla, Janine Chasseguet-Smirgel (1991), autora contemporânea, chama a atenção para o fato de que a masculinidade invejada não é a masculinidade objetiva e concreta; antes, é a masculinidade fálica, que daria um poder infinito e uma total segurança, liberdade e isenção de culpas.
Essa autora observou, na clínica, o quanto a mulher se sente dolorosamente incompleta, do ponto de vista narcísico, e esclarece que “[…] é um desejo narcísico de virilidade que fará a cama da feminilidade” (p.82). Isto é, da menina querer ter as vantagens narcísicas e sociais ligadas à posse de um pênis, mais do que o próprio órgão, sobretudo se ela tem a experiência de que seu pai e sua mãe valorizam mais o filho macho.
A inveja na obra de Klein
Melanie Klein publica sua visão final sobre o tema em Inveja e Gratidão (1957). Esse trabalho abrange o aprofundamento dos anos de observações clínicas e teóricas e traz como principal modificação as ideias da existência de um instinto de morte, com status equivalente ao instinto de vida e a existência de um ego primitivo, presente desde o nascimento e capaz de realizar diversas funções.
Klein considera o instinto de morte como a origem de toda agressão e, consequentemente, de toda ansiedade, principalmente a ameaça de aniquilamento (como operação do instinto de morte dentro do próprio self). Esta ansiedade primitiva desencadeia os mecanismos de defesa primitivos do ego para que seja mantida a integridade do self.
Ela inicia o texto afirmando: “Cheguei à conclusão de que a inveja é um fator muito poderoso no solapamento das raízes dos sentimentos de amor e de gratidão, pois ela afeta a relação mais antiga de todas, a relação com a mãe” (p.207).
E Klein faz referência ao conceito de inveja como “[…] uma expressão sádico-oral e sádico-anal de impulsos destrutivos, em atividade desde o começo da vida, e que tem base constitucional” (p.207).
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Ela ainda considera que a inveja é “[…] o sentimento raivoso de que outra pessoa possui e desfruta algo desejável – sendo o impulso invejoso o de tirar este algo ou de estragá-lo” (p. 212). Seguindo seu pensamento, pode-se entender que, para que haja inveja, tem que haver admiração ao objeto e reconhecimento de seu valor, isto é, tem que haver um vínculo para poder depois negá-lo ou aceitá-lo.
Klein descreve dois diferentes tipos de inveja: a primária, dirigida para o próprio seio, e as formas tardias, nas quais a inveja não está mais focalizada no seio, mas na mãe recebendo o pênis do pai e possuindo bebês no seu interior, fazendo-os nascer e sendo capaz de alimentá-los.
O ataque invejoso
E Klein fornece como ponto de partida para compreensão de seus estudos a importância fundamental da primeira relação de objeto do bebê, a relação com o seio materno e com a mãe, pois é ela que pode levar à introjeção do bom objeto, e isso equivale à constituição de um núcleo gerador de vida. No caso desse processo falhar, toda sequência do desenvolvimento ficará comprometida.
Acrescenta que “O seio é instintivamente sentido como sendo fonte de nutrição e, portanto, num sentido mais profundo, da própria vida” (p.210). Em seguida, Klein afirma “[…] que esse objeto originário, que é introjetado, fica enraizado no ego em relativa segurança, está assentada a base para um desenvolvimento satisfatório” (p.209).
No entanto, remanescente da nostalgia uterina, o seio materno pode ser fantasiado como um seio inesgotável, idealizado e, por isso mesmo, intensificado de ódio, visto que o objeto real não corresponderia nunca ao objeto psíquico. A esta situação de base se acrescenta a privação; o seio se retira, vem a faltar, os cuidados não são sempre bons etc.
Por isso, parece que não se trata apenas de um desejo de nutrição; a criança ansiaria também, se desembaraçar de suas pulsões destrutivas e de sua angústia persecutória.
Para explicar que o alvo da inveja é o seio bom, Klein recorre as suas experiências clínicas e nos descreve:
Vemos na análise de nossos pacientes que o seio em seu aspecto bom é o protótipo da “bondade” materna, de paciência e generosidade inexauríveis, bem como de criatividade. São essas fantasias e necessidades pulsionais que de tal modo enriquecem o objeto originário que ele permanece como a base da esperança, da confiança e da crença no bom. ([1957] 1991, p.211).
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Assim, pode-se dizer que o objeto da inveja é a criatividade da mãe, em todos os seus propósitos e manifestações, desde a capacidade de procriar, do ponto de vista biológico, até a criação de uma atmosfera de confiança, a capacidade de cuidar e atender suas necessidades.
Esse acontecimento junta-se à descoberta de ter que depender da mãe e ficar sujeito às oscilações, caracteriza a vida emocional arcaica, entre ter e perder o contato com essa fonte vital, que parece possuir tudo de que se precisa.
Segal ([1964] 1982, p.42), esclarecendo os termos de Klein diz; quando a criança se sente cheia de angústia e maldade e vê o seio como a fonte de toda a bondade, deseja em sua inveja estragar o seio, projetando dentro dele partes más e estragadoras de si mesma; assim, em fantasia, ataca o seio, cuspindo, urinando, defecando, soltando ventos, pelo olhar projetivo e penetrante.
Os parentes íntimos da inveja
Pouco depois Klein faz distinção entre ciúme, voracidade e inveja, mostrando o ciúme como nascendo de uma prerrogativa de posse exclusiva, e a descoberta de que a mãe tem outros amores e interesses, inclusive o amor e o interesse por si próprio. De acordo com seu pensamento, o ciúme é sempre um derivado da inveja, pois por trás da aspiração à posse exclusiva do objeto de amor, encontra-se o ódio de ter que depender dele e a inveja daquilo que ele pode oferecer.
Quanto à voracidade, Klein relaciona “[…] a uma ânsia impetuosa e insaciável, que excede aquilo que o sujeito necessita e o que o objeto é capaz e está disposto a dar. […] e visa, primariamente, escavar completamente, sugar até deixar seco e devorar o seio; ou seja, o seu objetivo é a introjeção destrutiva” ([1957], 1991, p.212).
Enquanto a inveja “[…] procura não apenas despojar dessa maneira, mas também depositar maldade, primordialmente excrementos maus e partes más do self, dentro da mãe, acima de tudo dentro do seio, a fim de estragá-la e destruí-la. No sentido mais profundo, isto significa destruir a criatividade da mãe” Klein ([1957], 1991, p.212).
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Como perceber a inveja
Betty Joseph (1992) considera desconfortável e perturbadora a percepção consciente e o manejo de sentimentos invejosos. Informa que a maior parte das pessoas tenta, inconscientemente, proteger-se por meios de várias manobras, procurando construir defesas contra a experiência da inveja.
Essas defesas são múltiplas e frequentemente se reforçam umas às outras. Podem ajudar o indivíduo temporariamente a sofrer menos, mas também podem causar outros problemas, especialmente se foram intensos.
Klein ([1957] 1991, p.248) afirma que: “Algumas das defesas mais primitivas, já muitas vezes descritas, tais como a onipotência, a negação e a cisão, são reforçadas pela inveja”. Existem duas maneiras contraditórias de defender-se da inveja: ou pela depreciação extrema ou pela excessiva exaltação do objeto e seus dons. Ora, essas são justamente as duas expressões combinadas que levam à construção de um objeto onipotentemente idealizado (um deus) ou muito mau (um demônio).
Essa divisão entre qualidades extremas de bom e mau ocorre quando não é possível atingir uma discriminação e uma integração entre formas mais relativas de amor e ódio. Isso, por sua vez, leva aos estados confusionais e à dificuldade de pensar com clareza. Constantemente a realidade demonstra que não existem, a não ser na imaginação, formas puras de bem ou mal incondicionais. Além disso, o objeto ideal rapidamente se transforma em perseguidor, pois é fonte de reivindicações muito elevadas.
Sem dúvida alguma a idealização encontra-se a serviço da diminuição da inveja e uma destrutividade que não foi neutralizada, mas encontra-se disfarçada e, nessa condição, está pronta a explodir sob a forma de ódio e desejo de destruir.
Do mesmo modo, o fugir da mãe para outras pessoas admiradas e idealizadas, a fim de evitar sentimentos de hostilidade para com aquele mais importante objeto invejado e, portanto, odiado, o seio, aparece como recurso para preservar a mãe. Isso pode ser visto com frequência em crianças e adolescentes, quando a rivalidade, a agressão, as exigências e uma constante alteração de comportamento tornam-se tão extremadas que os pais parecem incapazes de controlá-las ou contê-las.
Outro aspecto utilizado como defesa é despertar inveja nos outros, através dos próprios sucessos, posses e boa sorte, revertendo desse modo a situação em que a inveja é sentida. Assim, pode-se perceber como as experiências do cotidiano podem ativar a
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inveja em todos os indivíduos; as frustrações e as circunstâncias infelizes continuarão a despertar alguma inveja e ódio pelo resto da vida.
Talvez a defesa mais comum contra inveja seja a desvalorização do objeto. E Klein ([1957], 1991, p.249) diz:
Eu tenho sugerido que o estragar e o desvalorizar são inerentes à inveja. O objeto que foi desvalorizado não precisa mais ser invejado. Isso logo se estende ao objeto idealizado, que é desvalorizado e, desse modo, não mais idealizado. O quão rapidamente essa idealização desmorona vai depender da força da inveja. Mas, em todos os níveis de desenvolvimento recorre-se à desvalorização e à ingratidão como defesas contra a inveja e, em algumas pessoas, elas permanecem como características de suas relações de objeto.
Considerando os casos de depressão e melancolia, esse tipo de desvalorização do objeto e do mundo externo tem o hábito de alternar-se com movimentos de desvalorização da própria pessoa, de seus dons e de sua capacidade de realização. Tudo fica destituído de valor e importância, até mesmo a perspectiva de curar-se. Eis o que Nietzsche escreve sobre isso; Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.
Desvalorizando seus próprios dons, elas tanto negam a inveja em si mesma, como se punem por ela. Segundo Fanzeres (1999, p.78), as verbalizações de alguns pacientes, tais como: “se eu ficar bem parece que vai me acontecer uma desgraça”, “não vale a pena”. Fazem pensar na hipótese de um funcionamento mental em que a destrutividade tem papel relevante, e os profundos ataques que fazem contra si mesmos têm características de inveja, com seu potencial destrutivo.
Porém, um dos mecanismos de defesa mais radicais contra a inveja é o abafamento dos sentimentos de amor, que de forma correspondente intensifica o ódio, ou seja, se o paciente consegue se convencer de que a pessoa invejada é completamente destituída de valor e de importância afetiva, ele consegue reduzir a culpa de destruir alguém significativo.
Além disso, um dos pontos mais importantes destacados por Melanie Klein na experiência clínica é o papel realizado pela inveja na reação terapêutica negativa. E afirma:
Sempre que um paciente faz progressos na integração, isto é, quando a parte invejosa da personalidade, que odeia e é odiada, aproxima-se mais das outras partes do self, devemos estar preparados para verificar que ansiedades intensas podem vir para primeiro plano e aumentar a desconfiança que ele tem de seus impulsos amorosos. O abafamento do
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amor […] tem suas raízes no perigo que advém da ameaça dos impulsos destrutivos e da ansiedade persecutória. No adulto, depender de uma pessoa amada revive o desamparo do bebê e é sentido como humilhante. (Klein, [1957] 1991, p. 255).
Considerações finais
Parece que o desejo insaciável que acompanha a inveja é assim determinado como um componente libidinal, uma forte nostalgia por um estado pleno de satisfação que se teve e se perdeu, mesclado com ódio, ressentimento e a sensação de algo que se tornou para sempre inalcançável.
É por isso que, voltando a Melanie Klein, percebe-se que, por meio de sua reflexão sobre inveja primária, ela vai discernindo a coerência que ocupa toda forma de inveja que surge ao longo do desenvolvimento. Ou seja, o invejoso em busca da autosuficiência, e recusando a dependência, gostaria de possuir em si mesmo a fonte de todo o seu prazer, de maneira que invejará o seio ou pênis como órgãos que proporcionam prazer e são doadores de vida. No entanto, seio e pênis devem ser lidos como metáforas de todas as manifestações de algo desejável; capacidade de oferecer prazer, dar vida, alimento, energia, amor, dinheiro, talento ou compreensão.
Segundo Cintra e Figueiredo (2004) em sua revisão sobre o assunto, Klein acredita que a inveja do seio da mãe seja a raiz da inveja do pênis que Freud apresentou nas mulheres, sendo que esta inveja (do pênis) já seria um deslocamento da inveja primária do seio. Desse modo, formar-se-ia a equação seio-pênis, uma vez que ambos os órgãos são fontes de vida ou manutenção, como também símbolos da criatividade.
Portanto, a inveja está em toda parte e todos nós nascemos com uma potencialidade para a inveja e também todos nós temos que lidar com ela em nossas próprias vidas e temos que vivenciá-las como parte de nossas personalidades.
Talvez, o que se pode dizer nesse momento é que em geral espera-se que o indivíduo tenha suficiente afeto e amor disponíveis, capacidade de sentir calor humano e gratidão, para poder equilibrar sua rivalidade e sua inveja, e ainda assim estar consciente de sua existência e permitir que outros seres humanos sejam vistos como dignos de inveja.
Pode-se concluir afirmando que a relação terapêutica implica o desenvolvimento de um vínculo entre o paciente e o analista. Essa circunstância traz consigo todas as experiências primitivas, vividas originalmente com o objeto primário, tais como os
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sentimentos invejosos e as consequentes frustrações, que são intrínsecas a qualquer indivíduo e a qualquer relação analítica.
Tais experiências são sentidas com muito desconforto e levam ao emprego de diferentes mecanismos de defesa. Portanto, na relação analítica, reativa-se transferencialmente este quadro conflitivo e doloroso. Assim sendo, na tentativa de lidar com a inveja, finalizo recorrendo às recomendações terapêuticas de Melanie Klein ([1957], 1991, p. 257):
Em análise devemos caminhar lenta e gradativamente em direção ao doloroso insight referente às divisões do self do paciente. Isso significa que os lados destrutivos são repetidamente excindidos e recuperados, até que se efetive uma maior integração. Como resultado, o sentimento de responsabilidade torna-se mais forte, e a culpa e a depressão são mais plenamente vivenciadas. Quando isso acontece, o ego é fortalecido, a onipotência dos impulsos destrutivos fica diminuída juntamente com a inveja, e é liberada a capacidade de amor e gratidão que estivera abafada no decurso dos processos de cisão.
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Referências
CINTRA, Elisa; FIGUEIREDO, Luís C. Melanie Klein: estilo e pensamento. São Paulo: Escuta 2004.
FANZERES, Izolina. Sobre a inveja de si mesmo. Revista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre. v. 1, n. 1, p. 75-81, 1999.
FREUD, S. [1908]. Sobre as teorias sexuais das crianças. In: S. Freud, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad., Vol.9. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
______ [1937]. Análise terminável e interminável. E.S.B. Rio de Janeiro: Imago, 1976, Vol. 23.
JOSEPH, Betty. Equilíbrio psíquico e mudança psíquica. Rio de Janeiro: Imago, 1992.
KLEIN, M. [1957]. Inveja e gratidão. Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1997. Vol.03.
MEZAN, Renato. A inveja. In: Os sentidos da paixão. Org. Sérgio Cardoso. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
SEGAL, Hanna. A técnica de Melanie Klein. In: A obra de Hanna Segal. Rio de Janeiro: Imago, 1982.
SMIRGEL-CHASSEGUET, Janine. Ética e estética da perversão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
SPILLIUS, Elizabeth B. Tipos de experiências invejosa. In: Uma visão da evolução clínica kleiniana: da antropologia à psicanálise. Rio de Janeiro: Imago, 2006.
ZIMERMAN, David E. Vocabulário contemporâneo de psicanálise. Porto Alegre: Artmed, 2001.

 

 


Por: Maria dos Prazeres de Azevedo Albuquerque **SPR/NP
Em: 15 de Dezembro de 2018



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